3 de set. de 2007

ProtoAlternativismo
O tema ser alternativo,pensar de forma alternativa, vestir roupas e usar objetos todos de um mesmo ideário!
Oque significar ser tal coisa(isto é se o mesmo pode ser considerado uma identidade)?
Alternativo pode ser entendido com a existência de uma ordem hegemônica, os que não a seguem, é porque tomaram um curso alternativo escolheram outro caminho. Mas algo deste tipo tem por escolha um caminho diferente, que pode ter ou não uma finalidade em comum. Um exemplo, quando colombo buscou um caminho alternativo as índias ele queria algo diferente do que já havia, e procurou algo alternativo, logo não hegemônico, criou algo novo para perseguir um objetivo velho, que era a tal rota ao oriente.
Alternativismo tem um teor de insatisfação com o caminho e a ordem escolhida pela sociedade, se vc é alternativo, provavelmente não repete as mesmas coisas não faz tudo igual manda o figurino, nem procura viver de modo diferente, seguindo a mesma ótica e corrente de pensamento.
Cultura hegemônica ao meu entender é a que marca maior presença nos corpos e mentes juvenis,
esta corrente pode ter dois tipos mais facilmente reconhecido dentre tantos, o individualista e o insatisfeito com o sistema. Este é alternativo porque nega o caminho da sociedade atual acha que esta caminhando para o abismo social, econômico, político, cultural. Aquele quer um caminho mais bem elaborado de preferência vanguarda plena a frente de todos, ele le os melhores livros escuta as melhores musicas, parte porque acha que todos querem passar a frente dele, parte porque acha que a vida é assim mesmo fazer oque? os outros no meu lugar fariam igual a mim.
Esta divisão propõe a formação de grupos com pensamentos bem distintos. Existem alternativos que se justificam afirmando que a cultura de massa é uma merda. Povo é tudo coisa de burro ignorante. Estes vestem Roupas alternativas caras, escutam rock inglês, e sonham em sair deste país.(existem muitos)
Uma outra parte usa roupas distintas porque as comuns são caras, são cientes que roupa é só uma roupa, vêem um sistema latente desigual, reconhecem a arte popular, mas a acham um pouco limitada, e querem o mais que urgente romper com a dicotomia entre arte de rico e de pobre, geralmente tem uma boa relação com a política.

Proto alternativo é um termo que proto significa algo que existe durante muito tempo mais só passou a exercer função depois de uma determinada conjuntura. O Alternativismo existe, mas a sua valorização e a sua utilidade,são tao mutáveis quanto a conjuntura.
Fechando laboratório de informática adeus texto.

6 comentários:

Anônimo disse...

Caro Bruno,
vi que você postou mais um escrito e veja só, um tema que eu gosto bastante: identidade, não?
Compreendi sua aflição diante da nova geração que para nós, seres superiores da História :), é alienada! Mas veja: você esqueceu que essa é uma nova identidade que está surgindo, enquanto nós também estamos num grupo que está constantemente procurando definir outra identidade. Não chegaremos à definição, mas nos aproximaremos ao máximo de compartilhar códigos em comum. Isso para mim é identidade, sem esquecer da identidade (ou várias) em cada um de nós.
Com isso eu lhe pergunto meu caro: existe alternativo? Ou somos todos identidades alternativas postas em contato frequentemente?
Besitos, Júlia

Henrique disse...

Agora sim acho que vou conseguir escrever o comentário. Eu achei interessante o texto por tratar dessa questão de alternativo. E é legal pensar a diferença entre alternativo e underground. E tambem da própria industria cultural em si. Sobre os tipos de alternativos voce põe dois. Um que meio que renega a cultura nacional em nome de uma mais requintada, e outro que valoriza e é meio que insatisfeito com a sociedade. Sobre a forma como ele lida com a cultura popular ( ou arte popular, não sei se voce quis dizer isso) voce falou que acham-na limitada?
Voce acha? Nem sempre. Muitos valorizam a arte popular, como até legitíma. OU talvez pode tar havendo aqui um desencontro com o que voce quer dizer com arte popular e o com o que eu penso que seja. Eu imaginei como cultura popular meio que folclórica em geral. Pensei certo? Eu acho que não. Ou então voce tá dizendo arte popular como arte de massa, já industrial?
Aguardo continuação do texto.

Anônimo disse...

Vejo como vc está evoluindo como aluno, Bruno...mas esqueceu uma questão fundamental sobre este tema: pensar não apenas o que vc chama "alternativo" como uma forma de distinção entre grupos de pessoas de uma msm sociedade. Se lembrarmos de Freud, o homem não vive só, ele procura grupos e estes grupos tem um líder, um espelho que outros desejam seguir. Outro ponto da teoria freudiana (embora ache útil, mas muitos considerem ultrapassado em alguns aspectos, preferindo a teoria cognitiva-comportamental, que utiliza a neurolinguística e outros processos)é o que considera que o homem vive constantemente um mal-estar na sociedade moderna e, além de se associar a grupos, procura se diferenciar deles, até de forma radical. Mas o fato é que ele não vive isolado. Portanto, é fato que as pessoas procurem algo que se identificam. Mas não creio q o alternativo tente se diferenciar, se apartar da sociedade em que vivemos.

Anônimo disse...

Vejo como vc está evoluindo como aluno, Bruno...mas esqueceu uma questão fundamental sobre este tema: pensar não apenas o que vc chama "alternativo" como uma forma de distinção entre grupos de pessoas de uma msm sociedade. Se lembrarmos de Freud, o homem não vive só, ele procura grupos e estes grupos tem um líder, um espelho que outros desejam seguir. Outro ponto da teoria freudiana (embora ache útil, mas muitos considerem ultrapassado em alguns aspectos, preferindo a teoria cognitiva-comportamental, que utiliza a neurolinguística e outros processos)é o que considera que o homem vive constantemente um mal-estar na sociedade moderna e, além de se associar a grupos, procura se diferenciar deles, até de forma radical. Mas o fato é que ele não vive isolado. Portanto, é fato que as pessoas procurem algo que se identificam. Mas não creio q o alternativo tente se diferenciar, se apartar da sociedade em que vivemos.

Anônimo disse...

É fato que os adolescentes procurem se diferenciar. É uma fase da vida em se busca uma diferenciação dos pais. E nada mais natural que procurem um modelo que, com a formação, digamos, de uma "personalidade", vá se esvaindo com o tempo. Mas, se analisarmos o alternativo como parte da cultura, veremos que ele nada mais é que parte dela. Chartier deixa bem claro que existem a cultura é constituída de imagens e representações. Representações e rituais (lembrando um pouco Antropologia da Cultura) que, diferenciam os grupos sociais. A Cultura não é homogênea, e permite variações. Não existe uma Cultura, e sim culturas, até pq isso seria pobre demais. Portanto, o alternativo não é só um rótulo, é uma forma de expressão social, a meu ver, e válida como todas as outras. Mas o alternativo se insere no msm contexto social, na msm supereestrutura que compõe a nossa sociedade. O alternativo tem, em essência, a msm forma de outros grupos, tem ídolos, líderes, ggostos em comum...Tenho lido coisas novas, além de estruturalismos e teorias apocalípticas da cultura....que dividem a sociedade entre Alta e Baixa Cultura (como Benjamim, Adorno, e outros apocalípticos de Frankfurt) e pensado mais em autores modernos, inclusive na sociologia do conhecimento, de Giddens, Stuart Hall e outros autores. Acho que deveria seguir este caminho. seria muito produtivo.

Anônimo disse...

Que a cultura nâo é homogênia isto é claro , Frans Boas diz isto nos primórdios da antropologia. Ele é que fundo o princípio de analizar as culturas no plural. Quando olho pro singular estou procurando a identificaçâo , não a diversificação, é comum escutar falar que pluralidade faz oposições com identidade. Outro Assunto, o texto tem outra funçâo que não academica , ele é parte empírica de um cotidiano, por isso eu nao cito autores. Nâo é este o objetivo. é um blog uma coisa pessoal, é até legal saber outras coisas de outros autores.
Quando vc analu falou de Freud, vc sabe que como Historiador, citar este autor é fugir do meu campo de conhecimento! Assim como citar outros que provavelmente eu nao tive contato e que possuem prestígio na academia. Em um texto de 10 linhas citar mais de tres autores, eles adquirem um carater ilustrativo. Nâo me fecho a conhecimento, mas a minha empiria independe de linhas temáticas. è se tem uma perspectiva pobre é a da evolução.